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A contínua institucionalização da biodiversidade e o papel da pesquisa científica

A institucionalização da biodiversidade já não é um tema recente. Desde mais precisamente 1992, com a Convenção da Diversidade Biológica, observamos a criação de novos programas, legislações, normativas, planos de ação, etc, que tratam desde temas específicos da biodiversidade até transbordamento deste tema para áreas adjacentes, como por exemplo, mudanças climáticas e educação.

Neste quarto número trazemos para os leitores do Boletim Biota Highlights as discussões recentes acerca da legislação pertinente à biodiversidade em várias instâncias. Na esfera global, apontamos o debate sobre o Protocolo de Nagoia sobre acesso à recursos genéticos ocorrido no final de fevereiro na República da Coreia do Sul . Tema complexo, com perspectivas ainda muito incertas (veja matéria completa aqui). No âmbito nacional,  apresentamos as discussões na área de Educação. Por uma lado, as novidades que estão sendo apresentadas para alterar a Política Nacional de Educação Ambiental que podem levar a um aumento da visibilidade do tema biodiversidade.  Por outro,  a ausência de qualquer estratégias para tratar de questões ambientais no (atrasado) Plano Nacional de Educação (veja matéria completa aqui).

Diante destas discussões institucionais sobre biodiversidade, questiona-se: como pode contribuir um programa de pesquisas em biodiversidade? Seguramente oferecendo informação de qualidade para a tomada de decisão. Imbuído deste espírito que o Programa Biota/Fapesp vem  incentivando seus projetos, sempre que possível, a gerar dados e informações que amparem as discussões que favoreçam a conservação e uso sustentável da biodiversidade.

Neste número vamos apresentar a história de alguns projetos e como eles visualizam suas contribuições para a conservação e usos sustentável da biodiversidade.

Lúcia Lohmann relata sobre a desafiadora missão de desvendar a história evolutiva da Amazônia para entender seu funcionamento e melhor entender os processos ecológico-evolutivos que atuaram na estruturação e evolução da biota amazônica no passado, e que podem contribuir de forma significativa para a construção de cenários futuros que serão relevantes para o estabelecimento de melhores estratégias de conservação, políticas públicas e programas de gestão sustentável na região (veja matéria completa aqui).

Simone Vieira, apresenta a avaliação de como as mudanças de temperatura que acontecem no gradiente altitudinal podem impactar o funcionamento da dinâmica da Mata Atlântica. A partir daí, pode-se fazer algumas inferências sobre o impacto das alterações de temperatura decorrentes das mudanças climáticas (veja matéria completa aqui). 

Carlos Nunes e Alberto Nasiasene discorrem sobre a produção do vídeo Em busca da Floresta que aposta em uma relação entre cinema-verdade, documentários de natureza e divulgação científica. O documentário resultou em uma linguagem otimista e equilibrada, que buscou fugir dos clichês denuncista e ao mesmo tempo da superficialidade romântica (veja matéria completa aqui).

Esperamos que desfrutem de mais um número do Boletim Biota Highlights.

Sugestões de matérias, divulgações de evento, críticas, sugestões, opinião podem ser enviadas para boletim@biota.org.br.

 

Por Paula Drummond de Castro