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Do que é feita a conservação da biodiversidade?

A conservação da biodiversidade compreende inúmeras ações igualmente importantes que devem ser combinadas e organizadas para atingir seus objetivos. Abrange catalogar a biodiversidade e conhecer profundamente suas expressões e história evolutiva, destrinchar os efeitos das alterações diretas ou indiretas sobre os padrões de biodiversidade originalmente encontrados, divulgar amplamente os resultados das pesquisas realizadas e, finalmente,  trabalhar o envolvimento direto e indireto das pessoas com a conservação.

O Programa Biota/Fapesp procura atuar em todas estas frentes, sem distinção.

Neste número do Boletim Biota Highlights transitamos entre um projeto que avalia impactos ambientais na região costeira, um que busca desvendar o mundo dos pequenos organismos e outro, dos microorganismos. Um quarto projeto que constrói parcerias com comunidades locais de Unidades de Conservação e uma experiência animadora de divulgação científica.

Em sua diversidade de propostas, esses projetos abrangem importantes e diferentes aspectos relacionados à conservação ambiental: do conhecimento básicos dos organismos às propostas de aplicação dos conhecimentos já existentes em análises do ambiente ou em propostas para sua conservação passando pela necessidade de troca e diálogo entre comunidade acadêmica e população.

Os microorganismos presentes em diferentes ambientes do Zoológico de São Paulo são o alvo dos estudos coordenados por João Carlos Setubal, que utilizam a metagenômica como metodologia para a identificação de espécies de microorganismos diretamente a partir do ambiente, sem a necessidade de cultivo em laboratório.

Foto de microscopia óptica de Lepidodermella sp., vista dorsal (detalhe das escamas). Foto: André Garrafoni.
Foto de microscopia óptica de Lepidodermella sp., vista dorsal (detalhe das escamas). Foto: André Garrafoni.

A meiofauna, especialmente os Gastrotricha são o foco da matéria Minúsculos por natureza. Entre os objetivos do projeto coordenado por André Rinaldo Senna Garraffoni, estão a contribuição para o conhecimento da sistemática, evolução e ecologia do grupo e a formação de sistematas na área.

O sombreamento causado por construções humanas em áreas costeiras foi objeto de estudo de André L. Pardal-Souza no doutorado e suas análises acabam de ser publicadas com recomendações sobre a expansão do porto de São Sebastião, litoral norte de São Paulo.

Eliana Rodrigues coordena um projeto em Etonobotânica Participativa, que aposta na participação direta da comunidade moradora de uma Unidade de Conservação no projeto de pesquisa como uma forma de promover o desenvolvimento e a conservação local.

E, ainda nesta edição, a experiência do Departamento de Entomologia da Esalq/USP, que abriu suas portas para divulgar suas pesquisas numa feira que movimentou público, pesquisadores e alunos e criou um ambiente de aprendizado para todos.

Fechamos a edição com a divulgação da data da Reunião de Avaliação do Programa Biota em 2017: de 03 a 10 de dezembro.

 

por Érica Speglich e Paula Felício Drummond de Castro