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Biota-Fapesp manifesta apoio total ao Professor Elisaldo Carlini, UNIFESP

A Coordenação do Programa Biota-Fapesp une-se a ABC, ACIESP, SBPC e inúmeras
sociedades científicas e vem a público também repudiar a ação brutal sofrida pelo Professor
Emérito da UNIFESP, na última quarta-feira, dia 21/02, quando o Professor Carlini foi
intimado a depor na 16 a . DP da Vila Clementino, por apologia ao uso de drogas. Em
qualquer país do mundo que têm a educação, ciência e tecnologia como prioridade de
estado, aos 88 anos, o Professor Carlini estaria sendo homenageado e premiado pelo seu
trabalho de mais de 50 anos dedicados as pesquisas em neuropsicofarmacologia. Cientista
mundialmente reconhecido e admirado, está no sétimo mandato como membro do Expert
Advisory Panel on Drug Dependence and Alcohol Problems, da Organização Mundial da
Saúde (OMS) devido as suas pesquisas em colaboração com vários cientistas do exterior e
que resultaram na descoberta das propriedades farmacológicas dos derivados canabinoides
para o tratamento de epilepsia, especialmente no tratamento de crianças acometidas por
epilepsia grave. A intimação policial de um cientista, cujas pesquisas aliviam o sofrimento
humano, é um ato de violência grave não apenas para com o cientista e cidadão, mas
também um grande desprezo pela ciência e pelos cientistas do todo Brasil. Um país que
tem na sua ciência um dos pilares de desenvolvimento e riqueza deveria valorizar, respeitar
e homenagear seus cientistas. Desta forma, Professor Carlini, sinta-se homenageado pelos
membros da coordenação e todos os pesquisadores vinculados ao Biota Fapesp, um dos
maiores programas de pesquisa em biodiversidade do Hemisfério Sul, internacionalmente
reconhecido e premiado. O Biota assim como as demais entidades científicas do país
espera que atos desta natureza sejam severamente coibidos pelo governo e abolidos para
que a Ciência e os cientistas brasileiros não sejam maculados ou comparados a infratores.
O trabalho acadêmico é um sacerdócio e temos em nossos objetivos contribuir para a
melhoria da vida e do planeta. Medidas desta natureza apequenam o país e nos afastam
ainda mais do reconhecimento internacional que almejamos como nação democrática e
soberana.

Coordenação do Programa BIOTA/FAPESP