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Evento sobre Insetos mobiliza pesquisadores e público

Evento promovido pelo Departamento de Entomologia da Esalq foi momento de aprendizado para o público e pesquisadores

Durante o dia 05 de novembro (2016) aconteceu o primeiro evento “Insetos na Esalq” tendo como foco a aproximação entre comunidade e universidade. Atividades como visitas guiadas ao meliponário, borboletário e formigueiro se alternaram com atividades nas tendas como as explicações sobre controle biológico, informações sobre os principais vetores de doenças (especialmente o Aedes e o carrapato estrela), alimentos com base em insetos e até uma corrida de baratas.

img_1767O público estimado foi de 1300 pessoas que circularam entre as diversas atividades. “Estávamos esperando uma boa participação” comenta o professor Gilberto Moraes, do laboratório de Acarologia Agrícola, “mas não tanta gente. Já havíamos feito atividades em outras ocasiões para escolas e essa e a primeira vez que fazemos no sábado. E parece que teremos que fazer novamente”. Todas as linhas de pesquisa do departamento foram apresentadas de alguma forma durante o evento que contou com a participação, não apenas no dia mas também na concepção e organização, dos alunos de graduação e pós-graduação do Departamento.

Para Ariana, que visitou a feira com seu filho, o evento ajuda na mudança de postura com relação aos insetos: “nós temos que mudas a postura de ver um inseto e logo matar para entender img_1774a importância dele na natureza”. O encantamento de Ariana foi o meliponário e as explicações das intrincadas relações entre as abelhas e a polinização de plantas, dadas pela pesquisadora Marcela Barbosa, pós-graduanda do departamento. “Acho fundamental falar dos nossos trabalhos para o público, quebrar a barreira que muitas vezes vivenciamos entre público e academia”, reforçou Marcela.

No borboletário as questões giraram em torno de como atrair e como manter as borboletas nos jardins domésticos. A graduanda Bruna Almeida foi uma das monitoras que recebeu o público durante o dia. Apesar de trabalhar em outra área, Bruna resolveu se inscrever para essa visita guiada: “o departamento é interdisciplinar, então decidi vir ao borboletário e assim tive a chance de estudar e aprender bastante para poder atender ao público”, explica.

Além de novas informações, os visitantes também se depararam com alimentos feitos a partir de insetos. O menu do dia tinha como opções um yakissoba com barata siméria e uma brusqueta de besouros temérios. Rossano Linassi, chef e professor de gastronomia responsável pela iguarias explica que os insetos podem ser cozidos das mais diferentes maneiras, como outras carnes. “A primeira vez que comi insetos foi quando era escoteiro e, mais tarde, ao ingressar na gastronomia, vi que este era um campo muito pouco explorado e com muito potencial”, explica Rossano, “trabalho com barata siméria e de madagascar, larvas de moscas, grilos, larva de tenébrio e besouro tenébrio”. img_1772A animação e curiosidade em torno da tenda de alimentação era grande, embora só algumas pessoas realmente se dispusessem a experimentar, para Rossano, “o primeiro contato é complicado porque culturalmente os insetos são associados com o nojo, mas depois que as pessoas experimentam descobrem que é um alimento como outro qualquer”.

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