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Vídeos detalham o trabalho de curadoria de coleções biológicas

A criação e manutenção das coleções biológicas são parte fundamental do Programa Biota desde seu início. Mas como surge uma coleção biológica de referência? E como é realizada a manutenção e atualização (ou seja, a curadoria) dessas coleções? Dois vídeos criados por pesquisadores do Biota tratam dessas questões de forma simples e direta e podem ser vistos no Canal do YouTube do Programa.

A iniciativa faz parte do projeto de pesquisa “Coleção de formigas Harold G. Fowler (1950 – 2018): recuperação, incorporação e disponibilização de um acervo”, coordenado pela pesquisadora Maria Santina Morini do Laboratório de Mimercologia do Alto Tietê da Universidade de Mogi das Cruzes.

A coleção Fowler de formigas foi montada ao longo da vida do pesquisador, falecido em 2018. Professor da Unesp de Rio Claro, Fowler coletou formigas em diversos países e deixou como legado uma coleção de mais de 20 mil espécies. No caso específico das formigas de fogo (Solenopsis sp), o pesquisador e seus alunos coletaram cerca de 607 espécimes.

Um dos objetivos centrais do projeto foi a realização de um trabalho técnico e científico de organização do acervo, que pudesse permitir a incorporação da coleção no Museu de Zoologia da USP. Cerca de 12 pessoas trabalharam por 2 anos em diferentes etapas do processo de curadoria. Primeiro, foi realizada a limpeza do acervo (as 20 mil formigas foram limpas individualmente). Em seguida, a partir dos cadernos de campo do Prof. Fowler, foi criado um banco de dados sobre as informações existentes (como local, data de coleta e outros dados) e a identificação das espécies, com a eventual atualização dos nomes e divisões.

Tudo isso foi realizado com o cuidado não só de não perder nenhuma informação já existente como de garantir o histórico de todo o trabalho realizado, tanto pelo Prof. Fowler e seus alunos, como pelo atual processo de curadoria. Isso foi realizado por meio da preparação das etiquetas de cada uma das formigas da coleção: as etiquetas com informações novas foram adicionadas às antigas, garantindo essa continuidade. Ao final, toda a coleção foi organizada no padrão da Coleção de Hymenoptera do Museu de Zoologia da USP.

 

 

 

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