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Aprovados os Diagnósticos Regionais da IPBES

image_building-bridges-were-in-this-together byBy Frank Sonnenberg

A Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) acaba de aprovar seus Diagnósticos Regionais (Africa, Américas, Asia-Pacifico e Europa, e Ásia Central) durante a 6a Reunião Plenária, que ocorre em Medellin, Colômbia, entre os dias 17 e 24 de março.

A missão não era fácil: foram 550 especialistas de 100 países diferentes que avaliaram 11800 fontes diferentes de informação e tiveram que lidar com críticas, sugestões, mudanças de última hora de nada menos que 14750 comentários e, para cada um deles, responder, acatar ou justificar sua não inclusão. Mas três anos de esforço e cansaço valeram a pena: a IPBES acaba de aprovar quatro Diagnósticos Regionais de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos que cobrem as Américas, a Ásia e o Pacífico, a África, assim como a Europa e a Ásia Central, ou seja quase todo o planeta, exceto os polos e oceanos abertos.

Em todas as quatro regiões, com exceção de exemplos positivos onde as lições podem ser aprendidas, a biodiversidade e a capacidade da natureza de contribuir para a vida das pessoas estão sendo degradadas, reduzidas e perdidas devido a uma série de pressões, como superexploração e uso não sustentável de recursos naturais; poluição do ar, terra e água; aumento e impacto crescente de espécies exóticas invasoras e mudanças climáticas, entre outros.

Para nós aqui nas Américas, a rica biodiversidade contribui imensamente para a qualidade de vida, ajudando a
reduzir a pobreza enquanto fortalece as economias e os meios de subsistência. Contudo, as mudanças globais, que afetam a temperatura, a precipitação e a natureza de eventos extremos, está aumentando a perda de biodiversidade e a reduzindo as contribuições da natureza para as pessoas. Com os efeitos crescentes da mudança climática, por exemplo, adicionados a outros fatores de pressão, a perda de biodiversidade projetada para 2050 é de 40% se continuarmos no ritmo atual de degradação. Além disso, mais de 60% das línguas nativas das Américas, e as culturas associadas, estão desaparecendo. Mas nem tudo está perdido.

A proteção de áreas-chave para a biodiversidade aumentou 17% entre 1970 e 2010, porém essas áreas, bem como projetos de restauração, são apenas algumas das possíveis intervenções. A Biodiversidade e as Contribuições da Natureza para as Pessoas estão melhores protegidas quando combinações apropriadas de, por exemplo, mudança de comportamento, melhoria da tecnologia, pesquisa, níveis adequados de financiamento, educação aprimorada e programas de conscientização pública estão entre as opções.

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