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Diálogos Amazônicos: Sustentabilidade, Inclusão e Ciência interdisciplinar

Nova geração de pesquisadores da Amazônia reúne sugestões para enfrentar os desafios da região

capa PT
Imagem da capa: Estevan Bartoli

A Escola São Paulo de Ciência Avançada Amazônia Sustentável e Inclusiva uniu pesquisadores e instituições de diversas regiões do mundo para pensar o desenvolvimento sustentável, a conservação e a inclusão social na região. Seu principal objetivo foi promover uma abordagem interdisciplinar para jovens pesquisadores envolvidos com a Amazônia, destacando a importância da ciência e, ao mesmo tempo, valorizando o conhecimento indígena e tradicional na abordagem dos desafios históricos da região. Os resultados desse processo culminaram no livro “Diálogos Amazônicos: contribuições para o debate da sustentabilidade e inclusão“, lançado em 14 de novembro de 2023, com acesso gratuito em português, espanhol e inglês.

A atividade faz parte das diversas ações da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP) junto à Iniciativa Amazônia +10 , que reúne as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa de 25 Estados brasileiros, sob a coordenação do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para apoiar a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico da região. A publicação reforça a importância dos esforços de inclusão, a colaboração interdisciplinar e a integração de conhecimentos para enfrentar os complexos desafios da região amazônica.

“Os trabalhos produzidos compilados e organizados nesta publicação são o resultado da combinação de experiências anteriores, conhecimentos e lições aprendidas – individual e coletivamente. Refletem, portanto, o aprendizado e amadurecimento dos participantes”, avalia Carlos Joly, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas, um dos coordenadores da proposta. A Escola contou com a participação de 88 jovens pesquisadores, todos envolvidos em pesquisas na Amazônia, sendo 60% brasileiros e 40% de países amazônicos como Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Suriname, Venezuela e extra-amazônicos como Guatemala, México, Estados Unidos, Itália e Países Baixos.

O livro é composto por 10 capítulos que abordam diferentes problemas da região e trilham caminhos para análise, tomada de decisão e de ação. Os capítulos são organizados em três sessões: a primeira destinada à análise dos vetores de degradação e impactos de larga escala na Bacia Amazônica; a segunda sessão versa sobre a inclusão e diversidade cultural na Bacia Amazônica, tanto no nível local como no transnacional; e a terceira analisa os aspectos relacionados à governança local, participação e transdisciplinaridade.

Para Nicolás Cuvi, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais do Equador e um dos professores convidados, “as transições para uma sustentabilidade forte exigem pensar fora da caixa e com criatividade. Os artigos apresentados neste livro analisam e questionam tensões da região e apontam ações para orientar direções inclusivas, pacíficas e sustentáveis”.

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